Judith morava de favor e em situação precária em uma fazenda no interior do Tocantins. Abandonada pela mãe e levada a cuidar dos sete irmãos, foi privada dos estudos para trabalhar e ajudar no sustento da casa.
Aos 14 anos saiu da fazenda em busca de uma vida melhor para a família. Na cidade conheceu a professora de uma escolinha da região, que lhe deixou trabalhar limpando as salas de aula em troca de estudo; aos 15 anos conseguiu vencer o analfabetismo e conheceu um peão de fazenda, com quem se casou. Era bom e cuidava dela; juntos conseguiram um pedacinho de terra e tiveram dois filhos.
Feliz com a nova vida, buscou seus irmãos na antiga fazenda e dedicou-se a cuidar da sua casa e em ajudar o marido na produção de farinha. Enquanto isso, cultivava no coração o desejo de um futuro melhor àqueles a quem amava.
Mas o dia de uma nova adversidade chegou. Judith ficou doente – estava com um tumor! Seu tratamento começou rapidamente em um hospital da capital de seu estado, e seu mundo, desabando, transformou a esperança em uma grande desilusão!
Após longos meses de tratamento e recuperação, ela voltou à sua rotina de vida, porém com limitações. Sofrera uma enorme mudança em seu corpo físico e, em vez de deixar-se permanecer desiludida, foi reerguida por meio de uma nova visão espiritual.
Ela viu esperança quando foi atraída e conseguiu cravar os seus olhos na cruz de Jesus Cristo (nada poderia ser pior que o sacrifício de Jesus na cruz do calvário!), e crer no Salvador e em sua obra redentora mediante a ação do Espírito Santo.
Os anos se passaram. Judith viu os filhos adultos vivendo dignamente na presença do Senhor, o trabalho conjunto com o marido em uma enorme fábrica de farinha prosperando e um comércio de farinha na cidade custeando os doentes sem recursos. E assim ela viveu longos anos tendo o privilégio de contemplar as bênçãos de Deus em sua velhice e de testemunhar do poder da cruz em sua vida.
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História de
Vanilde Mendes de Souza, estudante de Teologia da Fasseb (2022)
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